sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Teste Formativo de Janeiro


Escola Secundária com 3º Ciclo de São João da Talha

Ficha nº3 de Verificação de Conhecimentos de História A 12º Ano
Profª. Leonor Baião Santos Janeiro 2010

Esta ficha é de revisão da matéria dada para o seu terceiro teste sumativo. Resolva-a atentamente e tire as suas dúvidas na aula de revisões.

Objectivos para o teste:
Reconhecer, que no Estado Novo, a defesa da estabilidade e da autarcia se apoiou na adopção de mecanismos repressivos e impediu a modernização económica e social do país.
Compreender que, após a II Guerra Mundial a vida internacional foi determinada pelo confronto entre as duas superpotências defensoras de ideologias e de modelos político-económicos antagónicos.
Caracterizar as políticas económicas e sociais das democracias ocidentais no segundo pós-guerra.
Conceitos
Autoritarismo; Fascismo; Corporativismo; Propaganda; Descolonização; Guerra-fria; Social-Democracia; Democracia Cristã; Sociedade de Consumo.
________________________________________________________________
I. Portugal: O Estado Novo
1.Mostre o carácter antidemocrático, conservador, nacionalista e corporativo do Estado Novo.
2.Descreva de que forma se realiza o intervencionismo do Estado na economia.
3.Integre a “política do espírito” no contexto de um projecto cultural totalizante por parte do Estado Novo.
II. A Reconstrução do pós-guerra
1.Identifique as principais decisões tomadas em Ialta e Potsdam.
2.Identifique os objectivos que presidiram à criação da ONU.
3.Descreva a forma de funcionamento desta organização.
4.Explique a premência da descolonização verificada antes e após a II Guerra Mundial.
III. O Tempo da Guerra-fria
1.Relacione a importância do Plano Marshall, no contexto da recuperação económica da Europa e da política de sovietização dos países de Leste.
2.Contextualize a questão alemã no contexto da crescente atmosfera de confrontação entre as duas superpotências.
3.Refira as principais divergências das duas ambições hegemónicas protagonizadas pelos EUA e pela URSS.
IV. O Mundo Capitalista
1.Explique a finalidade da criação da OTAN e das restantes alianças militares firmadas um pouco por todo o Mundo.
2.Contextualize as propostas económicas e sociais apresentadas pelas sociais-democracias e pelas democracias cristãs, na Europa Ocidental no segundo pós-guerra.
3.Explicite o conceito de Estado Providência.
4.Refira os traços característicos da expansão económica verificada nos “Trinta Gloriosos”.
5.Caracterize a sociedade de consumo nascida na segunda metade do século XX.


Bom Trabalho

sábado, 9 de janeiro de 2010

Matriz do Teste de Janeiro

Escola Secundária com 3º Ciclo de São João da Talha
Matriz do Teste de Novembro – 12º Ano (Turmas F e G)
HISTÓRIA A
Professora: Leonor Baião


GRUPO I:
• Reconhecem que no Estado Novo a defesa da estabilidade e da autarcia se apoiou na adopção de mecanismos repressivos e impediu a modernização económica e social do país. (pp. 178 a 205)

(3 questões a valer 40,30 e 50 pontos cada)


GRUPO II:
• Compreendem que, após a II Guerra Mundial, a vida internacional foi determinada pelo confronto entre as duas superpotências defensoras de ideologias e de modelos político-económicos antagónicos. (pp. 12 a 35)

(1 questão a valer 40 pontos)

GRUPO III
• Caracterizam as políticas económicas e sociais das democracias ocidentais no segundo pós-guerra. (pp. 36 a 49)
(1 questão a valer 40 pontos)

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A Alemanha no pós guerra

A Alemanha no pós-guerra 1945

As tropas alemãs capitularam definitivamente em 8 e 9 de Maio de 1945. Os membros do último governo do Reich, encabeçado pelo almirante Karl Dönitz, foram presos. Juntamente com outros líderes da ditadura nazista, respondeu por crimes de guerra e contra a humanidade perante o Tribunal de Nuremberga, instaurado pelos Aliados.
As quatro potências vencedoras ─ Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética ─ assumiram o poder e dividiram o território alemão em quatro zonas de ocupação. Sob o controle soviético ficaram os territórios a leste dos rios Oder e Neisse. Berlim também foi dividida em quatro sectores.
Os diferentes sistemas de domínio no Ocidente e no Leste geraram divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Na Conferência de Potsdam, que ocorreu entre 17 de Julho e 2 de Agosto de 1945 para estabelecer as bases de uma nova ordem europeia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro acções prioritárias na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.
Muitas indústrias alemãs haviam escapado dos bombardeios, mas a pequena oferta de produtos estava longe de suprir a demanda; os Aliados confiscaram grande parte da produção para o pagamento das reparações de guerra. A política económica restritiva dos Aliados só mudou quando se impôs a convicção de que a Alemanha Ocidental poderia ser um importante baluarte contra o avanço do comunismo soviético.

Embora recebesse ajuda dos EUA desde 1946, foi só com o programa de luta contra "a fome, a pobreza, o desespero e o caos" que a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução. O chamado Plano Marshall disponibilizou 1,4 mil milhões de dólares de 1948 a 1952.

A Zona de Ocupação Soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra (que também afectou a parte ocidental) e o esvaziamento pela desmontagem de fábricas, caminhos-de-ferro e instalações que eram levadas para a União Soviética.


Reforma monetária e criação de dois Estados alemães

Após unir as três zonas de ocupação, os aliados ocidentais – Estados Unidos, França e Reino Unido – decidiram, em 20 de Junho de 1948, implantar uma reforma monetária e criar um Estado provisório sob seu controlo. Um mês depois, cada cidadão alemão pôde trocar 40 Reichsmark (a moeda vigente até então, instaurada em 1924) por 40 unidades da moeda então introduzida pelos Aliados: o marco alemão (Deutsche Mark, ou DM). Para empresários autónomos, a relação de troca era mais favorável.
Estaline reagiu à reforma monetária na Alemanha Ocidental ordenando que o lado ocidental de Berlim fosse bloqueado. Para incorporar essa parte da cidade à Zona de Ocupação Soviética, mandou interditar todas as comunicações por terra. Isolado das zonas ocidentais e de Berlim Oriental, o oeste de Berlim ficou sem luz nem alimentos de 23 de Junho de 1948 até 12 de Maio de 1949. A população só se manteve a salvo graças à ponte aérea dos Aliados, que garantiu seu abastecimento.

No dia 23 de Maio de 1949, os aliados ocidentais promulgaram a Lei Fundamental, elaborada por um conselho parlamentar, dando origem à República Federal da Alemanha (RFA). A denominação Lei Fundamental sublinhava seu carácter provisório, pois somente depois que o país voltasse a ser uma unidade deveria ser ratificada uma Constituição definitiva. O novo Estado tinha Bona por capital.
A União Soviética, que integrara a zona leste do país à sua estrutura de poder, não ficou atrás, anunciando, em Outubro de 1949, a fundação da República Democrática Alemã (RDA), tendo Berlim Oriental como capital. Seu regime era comunista e de economia planificada, dando prosseguimento à socialização da indústria e ao confisco de terras e de propriedades privadas. O Partido Socialista Unitário (SED) passou a ser a única força política na "democracia antifascista" alemã-oriental.
Com o surgimento de dois Estados, a Alemanha tornou-se o marco divisório de dois blocos e sistemas político-económicos antagónicos liderados pelos EUA, de um lado, e pela União Soviética, de outro. Em nenhuma outra parte do mundo a Guerra-fria se manifestou com tanta intensidade. A divisão alemã persistiu até 1990.